
............Ou la pure folie du vélo ! ...........................
Je me lève de la selle et j'appuie fort sur les pédales.
- Tu as tes GANTS ?
- ...Oui, bien sûr, ils protègent du froid, des chutes et préviennent la formation de callosités !
- Et où sont tous tes doigts quand tu fais du vélo ? - demande le malin.
...Alors, ...À l'intérieur du gant... En serrant fermement le guidon !
Mauvaise réponse.
La bonne réponse est :
- Les doigts sont à l'intérieur du gant tenant le guidon de manière neutre, comme vous tiendriez un balai, une pelle, un bâton de golf ou de hockey ou n'importe lequel de ces sports « à bâton » ! Mais toujours, toujours avec les épaules détendues (malgré la prise ferme et confiante !).
Le guidon n'est pas notre bouée de sauvetage, c'est l'élément moteur (ça paraît basique, mais c'est comme ça).
Alors pourquoi, en plus de la direction, ne contrôle-t-il pas également la vitesse ? Garder constamment quelques doigts sur les freins ?
- Ah ! Parce que lorsque nous percevons un danger, nous le faisons immédiatement. Nous cherchons le frein.
Raisonnement et réponse encore erronés... Je veux dire...
Ce sont ces sujets, et d'autres qui peuvent en découler, que nous allons digresser aujourd'hui, voire halluciner si vous nous le permettez :)
CONTRÔLE
Le temps passé à percevoir et à interpréter l’événement ne nous permet pas d’avoir l’attitude appropriée face à ce moment dangereux, soudain et imprévisible, si nous ne sommes pas préalablement préparés.
Dans les sports où, en plus du bras, il y a un autre élément avant le mobile du jeu, comme le hockey ou le tennis par exemple, il est rare de recevoir correctement un palet ou une balle si l'on n'a pas la pelle ou la raquette adaptée à la circonstance prévisible !... C'est ce qu'on appelle l'anticipation, la prédiction, le fait d'être préparé, ce qui chez les bons joueurs est considéré comme de l'intuition ou du génie.
Avec la destruction complète du vélo de mon ami A.K. lorsque la portière côté conducteur s'est soudainement ouverte, je me suis souvenu des nombreuses frayeurs de ce type que je reçois constamment.
Je lis souvent le conseil de toujours rester loin des voitures garées en rangée lorsque vous conduisez en ville. Mais je lis rarement qu’il est sage de toujours avoir un doigt sur le levier de frein !
Tout à l'heure, avant d'écrire ceci, face à une frayeur similaire, j'ai remarqué que peu importe la vitesse à laquelle je roule sur le vélo que je considère comme le plus urbain de tous ceux que j'ai conduits, je positionne toujours mes doigts de manière similaire. Sur ce vélo, les leviers de frein s'adaptent très bien au guidon.
Et dans cette observation des faits, j'arrive à la conclusion que, lorsque le freinage et le changement de direction doivent être brusques, cela n'est possible que si certains de nos doigts étaient effectivement sur le frein tandis que d'autres tenaient le guidon. Oui?
...Et même ainsi, parfois c'est pénible, mais pas si exubérant ! (sourire!)
Dans ces conjectures, j'ai aussi compris pourquoi je me sens si peu sûr de moi lorsque je marche avec la chère vieille dame du temps de notre glorieux Joaquim Agostinho.
Le truc c'est que, tout comme mon ami qui a eu un accident récemment, les freins sont loin du guidon... Et le temps entre la prise de conscience du besoin, la décision et le freinage, définit un écart qui peut être fatal.
Remarquez ce que dit M. Un jour, Luís, du magasin de vélos, confronté à un argument ambigu que je lui présentais à propos de la sécurité routière, m'a dit :
- « Mais les freins de ces vieux vélos de course ne servent pas à freiner, ils servent à RALENTIR... » Ouf ! (ah! Pedro du café Vélocité confirme :) .. )
Eh! Eh!
ÉQUILIBRE
C'est lorsque j'enseignais le patinage sur glace à des jeunes que j'ai réalisé, par comparaison, à quel point le patinage était techniquement avancé. La marche comme découverte de la verticalité après le ramper appris dans l'enfance.
Il y a en effet une grande similitude entre la marche, le patin et le vélo !
Notez que lorsque vous marchez, vous déplacez une jambe vers l'avant et perdez l'équilibre, et ce n'est qu'à ce moment-là que vous avancez parce que vous recherchez une compensation. Et donc, dans ces déséquilibres, nous avançons. (sourire intelligent !)
Et quel dessin, scène ou image produisez-vous lorsque vous marchez ? Le triangle... Entrons dans l'univers des triangulations.
(Suite)
BON VÉLO
Éliseu
(Publié sur BiclaLx)
............Ou a pura insensatez de pedalar! ...........................
Levanto-me do selim e carrego profundamente nos pedais.
- Tens as LUVAS calçadas?
- ...Sim, claro, protegem do frio, das quedas e evitam a formação de calos!
- E onde estão todos os dedos enquanto guias a bicicleta? - pergunta o esperto.
...Então, ...Dentro da luva... Bem agarrados ao guiador!
Resposta errada.
A resposta correcta é:
- Os dedos estão dentro da luva a segurar o guiador de um modo neutro, como se segura uma vassoura, uma pá, um stick de golfe ou de hóquei ou de todos esses desportos de"pau"! Mas sempre, sempre com os ombros descontraídos (apesar do agarrar firme e convicto!).
O Guiador não é a nossa barra de salvação, é o elemento de condução (parece básico, mas é mesmo assim).
E então porque, alem da direcção, não controla também a velocidade? Mantendo constantemente alguns dedos nos travões?
- AH! Pois, quando nos apercebemos de algum perigo, desta forma fazemos-lo imediatamente. Procuramos o travão.
Raciocínio e resposta de novo errados... Digo eu...
É destes assuntos, e de outros que deles podem derivar, que iremos hoje divagar, até alucinar se nos permitem :)
CONTROLE
O tempo gasto na percepção e interpretação do acontecimento não permite ter a atitude adequada para esse perigoso momento súbito e imprevisível, se não estivermos previamente preparados.
Em desportos em que, para alem do braço, há outro elemento antes do móbil de jogo, como o hóquei ou o ténis, por exemplo, raramente se recebe um disco ou uma bola adequadamente se não se tiver a pá ou a raqueta adaptada à previsível circunstancia!... É a chamada antecipação, previsão, estar preparado, que nos bons jogadores é tido como intuição ou genialidade.
Com a destruição completa da bicicleta do meu amigo A.K. aquando de uma abertura súbita da porta do lado do condutor, recordei os muitos sustos desse tipo que constantemente apanho.
Leio muitas vezes a dica para sempre nos mantermos afastados dos carros estacionados em linha quando circulamos na cidade. Mas raramente leio que é prudente ter constantemente um dedo na manete dos travões!
Há pouco, antes de rabiscar isto, diante de um susto semelhante, reparei que qualquer que seja a velocidade a que vá na bicicleta que considero mais urbana de todas as que andei, posiciono os dedos sempre de modo semelhante. Nessa bicicleta as manetas do travão configuram-se muito bem com o guiador.
E nesta constatação de factos chego à conclusão de que, quando travagem e desvio têm que ser repentinos, isso só é possível se realmente alguns dos nossos dedos estiveram no travão enquanto outros seguram o guiador. Sim?
...E mesmo assim por vezes dá tralho mas já não tão exuberante! (sorriso!)
Nestas conjecturas também percebi porque sinto tanta insegurança quando ando com a querida velhinha do tempo do nosso glorioso Joaquim Agostinho.
É que, tal e qual como a do meu amigo recentemente acidentado, os travões estão afastados do guiador... E o tempo entre a constatação da necessidade, decisão e operação de travar, define um hiato que pode ser fatal.
Reparem o que o Sr. Luís da Loja das Bicicletas certo dia, diante de uma ambígua argumentação que proferia a respeito de segurança no meio do trânsito, me diz:
- “Mas os travões destas bicicletas de corrida antigas não servem para travar, mas sim para ABRANDAR...” Uff! ( ah! o Pedro do Vélocité café confirma:) .. )
eh! eh!
EQUILÍBRIO
Foi quando ensinava uns jovens a patinar no gelo que me apercebi por comparação da elevada técnica de andar. O caminhar como descoberta da verticalidade depois do gatinhar que aprendemos na infância.
Há de facto uma grande semelhança entre andar, patinar e pedalar!
Repare que quando anda avança uma perna e se desequilibra e só então avança porque vai à procura da compensação. E assim, nesses desequilíbrios, avançamos.(sorriso inteligente!)
E que desenho, cenário ou quadro produz quando anda? O triângulo... Entremos no universo das triangulações.
(Continua )
PEDALADAS FELIZES
Eliseu
(Publicado no BiclaLx)
Levanto-me do selim e carrego profundamente nos pedais.
- Tens as LUVAS calçadas?
- ...Sim, claro, protegem do frio, das quedas e evitam a formação de calos!
- E onde estão todos os dedos enquanto guias a bicicleta? - pergunta o esperto.
...Então, ...Dentro da luva... Bem agarrados ao guiador!
Resposta errada.
A resposta correcta é:
- Os dedos estão dentro da luva a segurar o guiador de um modo neutro, como se segura uma vassoura, uma pá, um stick de golfe ou de hóquei ou de todos esses desportos de"pau"! Mas sempre, sempre com os ombros descontraídos (apesar do agarrar firme e convicto!).
O Guiador não é a nossa barra de salvação, é o elemento de condução (parece básico, mas é mesmo assim).
E então porque, alem da direcção, não controla também a velocidade? Mantendo constantemente alguns dedos nos travões?
- AH! Pois, quando nos apercebemos de algum perigo, desta forma fazemos-lo imediatamente. Procuramos o travão.
Raciocínio e resposta de novo errados... Digo eu...
É destes assuntos, e de outros que deles podem derivar, que iremos hoje divagar, até alucinar se nos permitem :)
CONTROLE
O tempo gasto na percepção e interpretação do acontecimento não permite ter a atitude adequada para esse perigoso momento súbito e imprevisível, se não estivermos previamente preparados.
Em desportos em que, para alem do braço, há outro elemento antes do móbil de jogo, como o hóquei ou o ténis, por exemplo, raramente se recebe um disco ou uma bola adequadamente se não se tiver a pá ou a raqueta adaptada à previsível circunstancia!... É a chamada antecipação, previsão, estar preparado, que nos bons jogadores é tido como intuição ou genialidade.
Com a destruição completa da bicicleta do meu amigo A.K. aquando de uma abertura súbita da porta do lado do condutor, recordei os muitos sustos desse tipo que constantemente apanho.
Leio muitas vezes a dica para sempre nos mantermos afastados dos carros estacionados em linha quando circulamos na cidade. Mas raramente leio que é prudente ter constantemente um dedo na manete dos travões!
E nesta constatação de factos chego à conclusão de que, quando travagem e desvio têm que ser repentinos, isso só é possível se realmente alguns dos nossos dedos estiveram no travão enquanto outros seguram o guiador. Sim?
...E mesmo assim por vezes dá tralho mas já não tão exuberante! (sorriso!)
Nestas conjecturas também percebi porque sinto tanta insegurança quando ando com a querida velhinha do tempo do nosso glorioso Joaquim Agostinho.
É que, tal e qual como a do meu amigo recentemente acidentado, os travões estão afastados do guiador... E o tempo entre a constatação da necessidade, decisão e operação de travar, define um hiato que pode ser fatal.
Reparem o que o Sr. Luís da Loja das Bicicletas certo dia, diante de uma ambígua argumentação que proferia a respeito de segurança no meio do trânsito, me diz:
- “Mas os travões destas bicicletas de corrida antigas não servem para travar, mas sim para ABRANDAR...” Uff! ( ah! o Pedro do Vélocité café confirma:) .. )
eh! eh!
EQUILÍBRIO
Foi quando ensinava uns jovens a patinar no gelo que me apercebi por comparação da elevada técnica de andar. O caminhar como descoberta da verticalidade depois do gatinhar que aprendemos na infância.
Há de facto uma grande semelhança entre andar, patinar e pedalar!
Repare que quando anda avança uma perna e se desequilibra e só então avança porque vai à procura da compensação. E assim, nesses desequilíbrios, avançamos.(sorriso inteligente!)
E que desenho, cenário ou quadro produz quando anda? O triângulo... Entremos no universo das triangulações.
(Continua )
PEDALADAS FELIZES
Eliseu
(Publicado no BiclaLx)
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