__________________Quem tem medo de ir à malha J?




Zona J - Conjunto de Habitações. (malha J)
Avenida João Paulo II
Projecto Geral - Tomás Tavira
Estrutura - IMPEC, ENGIL
Datas - 1975- 1978

O conjunto de habitação social de Chelas, na zona J, é um complexo de edifícios, em tipologias diferenciadas, torres e bandas, com descontinuidades marcadas por pequenos avanços e recuos volumétricos.


Na apresentação desta obra no livro da Academy Editions dedicado a Tomás Taveira refere-se que um “compromisso entre a arquitectura muçulmana e as influências modernas dão-lhe um carácter Neo-realista” (“Chelas Social Housing Complex”, in Architectural Works and Designs, London: Academy Editions/St. Martin’s Press, 1990).
Taveira referência alterações que melhoraram o esquema urbano previsto, criando uma “rua interior reminiscência das vieles, essas ruas estreitas e contidas da civilização muçulmana”.
O eventual historicismo de Cheleas está mitigado pela presença moderna das torres, pela caracterização modelar das bandas e por uma linguagem ainda marcada pelo racionalismo.
É a presença dos “óculos” em módulos salientes, jogando entre si em aparente irracionalidade, que traduz o carácter mais marcante desta obra.
O recurso ao “óculo” é atribuído por Taveira à influência de Cassiano Branco e é um dispositivo usado noutras obras. O que talvez seja mais relevante, no entanto, é a lógica “metabolista” de adição e acumulação, de uma arquitectura como “organismo vivo”.


Que este mecanismo hiper-urbano se possa cruzar com imagens de arquitectura africana e árabe de inclinação vernacular é uma equaç\ao que valerá a pena aprofundar.
 Entretanto, ao brutalismo das torres, e à imagem de um Habitat ‘67 de Moshe Safdie do conjunto, deve-se juntar a complexa vivência social, que a pintura em cores vivas e feéricas em anos recentes tentou, de algum modo, pacificar.



Este conjunto, concebido para 1.300 fogos (4.000 habitantes), ocupa parte da Zona J do Plano de Urbanização de Chelas. Estruturando-se ao longo da Av. João Paulo II e as duas praças (Dr. Fernando Amado e Eduardo Mondlane), valoriza mais as vias para automóveis que as ruas de peões densamente construídas conforme estabelece o Plano de Urbanização de Chelas.
 No entanto, a continuidade linear dos edifícios de cerca de 7 pisos, com e sem duplexes, combinados com torres de quase o dobro da altura com 6 fogos por piso em torno de uma larga perfuração vertical, provocam uma alta densidade visual enriquecida pelos avanços e recuos das fachadas e das diversidades de aberturas e varandas, o que não deixa de seguir a vontade de concentração de vida urbana consagrada pelo plano de urbanização.
 A evidente industrialização dos painéis de fachada segue o interesse do arquitecto por tal nessa altura, como se pode observar também na Av. Arantes e Oliveira ou na Av. Óscar Monteiro Torres.

Mas neste vasto conjunto é evidente o reflexo da lição de Francisco Conceição Silva em cujo atelier trabalhou.
(guia de Arquitectura de Lisboa 1948- 2013)


Nota:  fugi das normas.... cortei e colei textos dos guias de arquitectura , textos de Jorge Figueira Michel  Toussaint e outros prestigiados críticos de arquitectura... (Eliseu)


Périplo pela obra do arquitecto Tomás Taveira_11 de Junho 
( Domingo)

Como o titulo do passeio indica iremos percorrer de bicicleta alguma da vasta e brilhante obra de um dos principais e polémicos  arquitectos portugueses de sempre.
Tomás Taveira foi agraciado por duas vezes pelo prestigiado Prémio Valmor
( Um prémio anual ás melhores obras de arquitectura construídas em Lisboa)

O apoio e a  investigação será facultada pelo próprio e por o Doutor arquitecto Carlos Alho juntamente com alguns destacados alunos da Associação de Estudantes

Dia 11 de Junho  desejamos  pedalar por  uma  Lisboa plana durante 3 horas e meia com todos os amantes da arquitectura Portuguesa.
• Dia - 11 de Junho (Domingo)
• Local de Saída e Chegada - Praça do Município
 ( 9.45 horas) para tentarmos sair ás 10 horas...


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