A CASA COMO ESPAÇO DE RECREIO

(casa/creche)
Já todos concordamos que muita coisa vai mudar ou alterar-se, nos próximos tempos -  nomeadamente a nível comportamental.

O tempo e o espaço terão outra perceção.

A mobilidade, a comunicação, a nossa disponibilidade e prioridades serão diferentes e vamos ter a tecnologia no seu máximo expoente.

O teletrabalho, perspetivado por exemplo por Alvin Tofller já nos anos 80, vai finalmente ser uma realidade abrangente e incentivada.

A vida ativa e variada vai situar-se com maior intensidade em ecrãs e nos espaços íntimos e fechados.

Nós e os nossos filhos,  pais e avós vamos estar mais tempo dentro de conchas que nos protegem de agressões inimagináveis - A casa vai ter o protagonismo dos nossos sonhos e desejos.

E todo este universo doméstico vai sem dúvida ter que se adaptar e agir em correspondência e conformidade.


Se vamos  usar mais tempo as nossas habitações, é natural que os seus espaços e funções tenham que ter outras características de acordo com estas novas exigências emergentes que começamos já a contabilizar.


Sempre defendi o espaço flexível e multifuncional, especialmente para famílias com menores recursos.

Mas transversal a todas as classes sociais e níveis de riqueza, a casa sempre foi e continuará a ser um espaço onde nos queremos sentir confortáveis e mais que nunca onde também as crianças (e adultos) possam brincar em segurança e liberdade.

Num futuro próximo os jardins públicos vão ser evitados, sobretudo por quem mais transporta e cuida das crianças - os avós.


Hoje vou-vos falar da casa como espaço de lúdico e gerador de emoções e bem-estar.

Desafio-vos a pensarem e a libertarem-se de preconceitos.

Vou-vos propor a casa como recreio.

Já vos falei da casa como sendo ela própria a empregada doméstica e em breve disserto sobre o espaço flexível que a habitação também pode e deve ser.



A fruição plena da casa não pode e não deve ser condicionada pelas questões que se prendem com o seu asseio e conservação. Quanto tempo gastamos a limpá-la e a mantê-la arrumada?

Dai que dei aquelas sugestões no crónica da casa sem empregada.
Leram?

Também desejo a vossa opinião... Mas voltemos ao assunto de hoje.

A casa é o nosso universo, o reino das nossas fantasias,  o ginásio de recuperação de um corpo que se deseja sadio. E atrevo-me a dizer, dependendo do investimento na culinária, que é capaz também de ser o restaurante de um Chef conceituado -  nós e os nossos  tachos e receitas de Internet ..eh! eh! .

Ou seja, mais que nunca a cidade passa a estar dentro da nossa casa.

Ela é espaço de trabalho, de estar, de lazer, de estudo e de cultura com visitas online a museus e espetáculos como teatros e cinema que, como já repararam estão agora cada vez mais em voga.


O que proponho então em anexo para que a tua casa possa ser também um espaço de diversão?

Fácil

E...

Nada de novo mas simplesmente que adaptemos objetos conhecidos só que agora sujeitos a alterações do lugar

Assim:



- Entre pisos,em apartamentos duplex e moradias sugiro tubos verticais em inox a passar por um pavimento furado (ver imagens) em círculo para comunicação por escorrega... Sim, igual aos usados há muito pelos bombeiros.



- Ainda em  moradias ou habitação em duplex, além do referido atrás, também sugiro que a comunicação descendente entre pisos se faça por escorrega em tubo cilíndrico semelhante ao dos aquaparques.


Descidas rápidas, subidas difíceis e árduas.

-Todas as casas devem ter escadas só que com degraus altos (tipo prancha de step in) de difícil subida que dê para te exercitares e (ou) mesmo paredes verticais de alpinistas.


Evidentemente que a facilidade tem que existir e a aplicação de elevadores  inteligentes e hidráulicos é aconselhável .Todos um dia vamos ser idosos, podemos estar cansados, ou carregados ou então temporariamente lesionados e com debilidade de mobilidade (temporária ou não)

Os tubos ou os escorregas, para além da rapidez, somam uma ulterior funcionalidade: a lúdica, a serem usufruídos tanto por crianças como por adultos.

Andar ou não de escorrega na idade adulta é ou não apenas uma questão cultural?

E agora para finalizar uma proposta para aquelas famílias  mais radicais:


- Baloiços com cintos de segurança em janelas altas ou varandas adaptadas onde o vai vem faz-se para a rua. Louco, não é ? Eh eh (vê imagem)

Bom, a legislação em breve proibirá tal actividade mas até lá divirtam-se

- Do mesmo modo, algumas rampas que vencem pisos são colocadas junto às paredes, sendo curvas nessa zona; nas bases terão uma elevação contrária à descida de modo a contrariar o desnível (no caso de se deixar descair um carrinho de bebé ou um carrinho de compras) mas permitem igualmente servir de rampa para a prática de desportos radicais como o skate, patins ou bmx.


- Nalgumas paredes a  ligação da parede ao pavimento também em curva  permite tais acções  e não cria zonas de sujidade onde poucos aspiradores conseguem cumprir as suas funções.




Todas estas propostas lúdicas são actividades de coexistência harmoniosa entre gerações: pais, avós e netos. Só temos que aprender a conviver, coisa que não tem  acontecido  até agora!

Basta reparar na relutância com que os idosos olham nos parques públicos para as habilidades dos skaters! Ou mesmo reparem nas peças de travão que as autarquias colocam sempre nos corrimões para que os patinadores não deslizem!


Amigos, a diversão e mesmo o risco criam bem-estar e harmonia e são fatores de desmotivação das acções agressivas inerentes ao culto da personalidade e da frustração como é o caso da violência doméstica, sempre que partilhamos ou permanecemos muito tempo em  espaços confinados.



Duvidas? Confuso? Queres desenvolver algum destes projetos? Chama o arquiteto.

0 comentários: