4 – A casa lúdica e sem empregada Uma casa é um espaço onde nos queremos sentir confortáveis e onde as crianças (e adultos) possam brincar em segurança e liberdade. Mas a fruição plena da casa não pode e não deve ser condicionada pelas questões que se prendem com o seu asseio e conservação. Entender a casa enquanto espaço lúdico no qual as tarefas de limpeza e manutenção, possam ser amplamente facilitadas e reduzidas ao mínimo, constituiu um dos pressupostos base do projecto; e ainda que pecando por algum empirismo, estamos em crer que as propostas aqui apresentadas podem, após devidamente testadas, servir futuramente a todos os que desejem uma casa que não dê preocupações, mas simplesmente bem-estar e prazer. Assim à utilização dos tubos de ventilação, como tubos de drenagem e como eixos de comunicação entre pisos, soma-se uma ulterior funcionalidade, a lúdica, uma vez que os tubos são concebidos como escorregas a serem usufruídos tanto por crianças como por adultos. Andar de escorrega na idade adulta quanto a nós é apenas uma questão cultural. Do mesmo modo, algumas rampas que vencem pisos são colocadas junto à parede sendo curvas nessa zona; nas bases terão uma elevação contrária à descida de modo a contrariar o desnível (no caso de se deixar descair um carrinho de bebé ou um carrinho de compras) mas permitem igualmente servir de rampa para a prática de desportos radicais como o skate ou a Bmx. Um exemplo de coexistência harmoniosa entre gerações: avós e netos só têm que aprender a conviver! Para facilitar a manutenção e limpeza da habitação, não nos limitamos a optar por armários e loiças sanitárias embutidos nas paredes. Eliminamos ângulos ao nível do pavimento (pelo menos em faces opostas - encontro das paredes com o pavimento) e colocamos por baixo dos móveis linhas de água de pressão considerável que empurram o lixo até uma grelha, localizada a meio do compartimento, munida com uma bomba de sucção; linhas de ar comprimido a todo o comprimento dos móveis e junto das paredes servem a secar os pavimentos depois da lavagem e simultaneamente a limpar do pó. PROGRAMA DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS O espaço cumpre sempre as áreas estabelecidas no programa do concurso, mas optamos por criar espaços com pé direito duplo de modo que o ar circule por “convecção” natural. Neste duplo pé direito o piso superior comunica com o inferior através de um túnel-escorrega (para adultos e crianças) e de um pilar escorrega como os tubos de descida nos quartéis dos bombeiros. A parte social da casa, concebida em forma de iglo, é totalmente enterrada, a uma profundidade entre 5m – 12m. Na sala, uma grande zona de estar mais enterrada (almofadada) tendo no centro um “recuperador de calor” e chaminé a subir no meio da sala com pé direito duplo. Os quartos são semi-enterrados, ficando a zona de duches enterrada a 5m. Toda a zona enterrada é coberta por uma lage que funciona como elemento de impermeabilização do solo, canalizando simultaneamente as águas pluviais para depósitos. Piviligiam-se as coberturas verdes, relva, hera, arbustos. A pala, talvez em estilo “brutalista”, fica aberta, permitindo a coacção do sol respeitando a sua inclinação. Nalgumas áreas não se recorre a telas ou isolamentos térmicos: a primeira lage superior da zona de estacionamento recolhe as águas das chuvas; alguns metros mais abaixo, em toda a periferia da zona enterrada e até uma profundidade muito acentuada, será feita a drenagem das águas das chuvas e dos diferentes níveis freáticos, o que permite ter uma terra não húmida. Aquecimento Dada a incorporação da habitação na terra, a grande massa das paredes permite um elevado quociente de inércia térmica.O aquecimento do sol coado através de palas respeitando as inclinações dos diferentes solstícios a par das pérgulas com trepadeiras e a colocação de árvores de folha caduca diante dos vãos a sul permitem um aquecimento natural. As paredes trombe bem calculadas e o cuidado no detalhamento e execução de vãos e caixilharias contribuem para a estabilidade da temperatura, que sofre variações térmicas insignificantes. A moradia é servida por um elevador movido a energia fotovoltaica, coadjuvado por uma escada toda escavada no terreno, tipo túnel de mineiro, que arranca da zona mais enterrada da casa e que, de um modo periférico, serve de escape - saída de emergência dos diferentes pisos, assumindo igualmente a função de chaminé de ventilação e de túnel para drenagem das aguas que se introduzam no terreno por capilaridade, uma vez que entre a escada e a periferia oposta à moradia serão colocados vários tipos de cascalho e drenos. Existe igualmente uma rampa de acesso exterior, semi-coberta. Os tubos de ventilação são colocados a uma distância de cerca de 5m na zona sul da casa: estes tubos, com a altura aproximada 1,70m, são enterrados até 4m de profundidade e entram na zona enterrada dos quartos, a norte. Um outro tubo (ou o mesmo) segue para uma chaminé (7m de altura) colocada na parte superior da encosta. Corredores muito amplos servem de espaços multi-usos: trabalho domiciliário, ginásio, lazer (rede de pendurar para descansar), brincar (jogar à bola sem receio de partir vidros porque são duplos e espessos); a ligação em curva da parede e do pavimento pode servir como rampas de skate ou patins. Propomos vários tipos de ângulos e que a monomassa do pavimento suba até a altura de 1m acima da curva nos locais onde não há móveis. As rampas que vencem os pisos na sala de estar estão também junto à parede e desenvolvem-se na linha do diâmetro da cúpula; para alem da inclinação um pouco mais acentuada que o definido na legislação, serão também curvas na zona da parede; as bases das rampas terão uma elevação contrária à descida de modo a contrariar o desnível. Nos tubos de ventilação que da chaminé passam pela zona de garagem e vão directos à sala, à cozinha e até aos quartos propomos uma porta, tipo alçapão do lixo por sucção, estes tubos permitem ser utilizados como escorregas, visto a inclinação ser muito suave não ligarem directamente com o tubo que faz a ventilação, localizado 4m mais abaixo do que a zona dos quartos. Sublinhamos que assim que um corpo humano ou animal entra no tubo (porque se constitui como uma onda de calor), se acende uma linha de luzes leds que se apaga automaticamente após a descida desse corpo. Em toda a casa só existem portas de correr; nalguns pontos, para compartimentar o espaço, optou-se por paredes “pivotantes” ou de recolha à parede. Numa concepção que pressupõe a total integração do mobiliário na arquitectura, os móveis são em madeira, embutidos e encastrados nas paredes sem tocar nos pavimentos, criando-se as paredes e o pavimento uma superfície côncava. O pavimento será uma monomassa lisa sem textura nem alhetas até aos móveis; por baixo destes existe uma linha de água (com ligação individualizada em cada compartimento) de elevada pressão que empurra o lixo até uma grelha colocada no meio da sala e munida uma bomba de sucção. Paralelamente, por baixo dos móveis, em todo o seu comprimento, e junto da parede, até uma altura de aproximadamente 20cm, existe uma linha de ar comprimido, que sairá a grande pressão, assumindo uma dupla função: secagem a pós a lavagem do pavimento e limpeza do pó. A grelha do pavimento (da mesma cor deste), para além da bomba de sucção da água, está equipada também com um potente aspirador, encastrado longitudinalmente por baixo desta. Este processo poderá ser usado em todas as compartimentações da casa com excepção das instalações sanitárias: aqui basta que o ralo de escoamento de águas, colocado no centro do pavimento, tenha a função de sucção de águas. Abastecimento de água Em Portugal chove em média 50 dias por ano e aproximadamente 600 litros por metros cubico. As famílias portuguesas gastam em media 15metros cubicos de água por mês. Fiéis ao princípio de rentabilizar ao máximo os recursos naturais existentes, privilegiamos o aproveitamento das águas pluviais cuja utilização apresenta inúmeras vantagens: a poupança e a autonomia quando ocorram falhas na rede pública; impede a incrustação de calcário nos equipamentos (esquentador, máquinas de lavar roupa e loiça); no banho é aconselhável para a pele e deixa o cabelo mais suave e macio. O projecto propõe o aproveitamento da água das chuvas através de dois tipos de cobertura e para dois depósitos distintos. O primeiro, colocado na cobertura da garagem; esta será toda coberta por painéis fotovoltaicos e terá uma superfície de 50m2; o depósito, com capacidade para1500 litros, é em plástico preto e localiza-se numa concavidade da encosta virada a sul, toda ela forrada de espelhos de modo a ampliar os efeitos dos raios solares; esta concavidade terá um alçapão electricamente isolante que encerra automaticamente assim que a intensidade solar diminui. O segundo depósito, com uma capacidade de 2000 litros, faz-se ao nível da grande lage de soleira superior ao nivel da garagem; as águas recolhidas destinam-se à rega automática do jardim bem como às lavagens de pavimentos, viaturas e outras. A recolha das águas é feita através de pendente passando primeiro por um crivo para separar os objectos estranhos (folhas e outros detritos). Depois o depósito que no primeiro caso (duches, banhos de imersão e lavagens de roupa e loiça) o próprio depósito que já existe no mercado funciona como “decantador” natural para as impurezas em suspensão e traz uma banda hidro pneumática para chegar aos depósitos secundários (caso dos depósitos dos duches dos quartos) ou ao utilizador (caso das torneiras da cozinha); ao abrir a torneira é seleccionado automaticamente o depósito com a temperatura mais próxima da escolhida por o utilizador. De salientar que ambos os depósitos serão ligados à rede de águas externas através de um sistema de boiador eléctrico de modo a garantir reservas permanentes. MATERIAIS EMPREGUES O vidro, painéis fotovoltaicos, a pedra da região agrafada e o betão e as telas ou pinturas impermeabilizantes nas coberturas ajardinadas. Os muros de sustentação de terras são em aparelho ciclópico, em pedra da região, tendo como elemento consolidador a Junça (Cyperus rotundus), à semelhança de quanto utilizado nos antigos açudes de estações de moagem. A Hera (Hedera helix), cobrindo pérgulas e muros de pedra aparelhada, serve simultaneamente como elemento decorativo e como elemento de sombreamento. De salientar que entre os painéis fotovoltaicos ou o vidro “agrafado” e as vistas haverá sempre arbustos que não seguem nem perturbem a visão. Os reflexos provenientes destes painéis, dado estes estarem expostos a sul e em zonas ou superiores ou muito baixas, são encobertos pelos muros de suporte em pedra ou por manto verde os seus, não causando qualquer perturbação
Arquitectura sustentavél
4 – A casa lúdica e sem empregada Uma casa é um espaço onde nos queremos sentir confortáveis e onde as crianças (e adultos) possam brincar em segurança e liberdade. Mas a fruição plena da casa não pode e não deve ser condicionada pelas questões que se prendem com o seu asseio e conservação. Entender a casa enquanto espaço lúdico no qual as tarefas de limpeza e manutenção, possam ser amplamente facilitadas e reduzidas ao mínimo, constituiu um dos pressupostos base do projecto; e ainda que pecando por algum empirismo, estamos em crer que as propostas aqui apresentadas podem, após devidamente testadas, servir futuramente a todos os que desejem uma casa que não dê preocupações, mas simplesmente bem-estar e prazer. Assim à utilização dos tubos de ventilação, como tubos de drenagem e como eixos de comunicação entre pisos, soma-se uma ulterior funcionalidade, a lúdica, uma vez que os tubos são concebidos como escorregas a serem usufruídos tanto por crianças como por adultos. Andar de escorrega na idade adulta quanto a nós é apenas uma questão cultural. Do mesmo modo, algumas rampas que vencem pisos são colocadas junto à parede sendo curvas nessa zona; nas bases terão uma elevação contrária à descida de modo a contrariar o desnível (no caso de se deixar descair um carrinho de bebé ou um carrinho de compras) mas permitem igualmente servir de rampa para a prática de desportos radicais como o skate ou a Bmx. Um exemplo de coexistência harmoniosa entre gerações: avós e netos só têm que aprender a conviver! Para facilitar a manutenção e limpeza da habitação, não nos limitamos a optar por armários e loiças sanitárias embutidos nas paredes. Eliminamos ângulos ao nível do pavimento (pelo menos em faces opostas - encontro das paredes com o pavimento) e colocamos por baixo dos móveis linhas de água de pressão considerável que empurram o lixo até uma grelha, localizada a meio do compartimento, munida com uma bomba de sucção; linhas de ar comprimido a todo o comprimento dos móveis e junto das paredes servem a secar os pavimentos depois da lavagem e simultaneamente a limpar do pó. PROGRAMA DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS O espaço cumpre sempre as áreas estabelecidas no programa do concurso, mas optamos por criar espaços com pé direito duplo de modo que o ar circule por “convecção” natural. Neste duplo pé direito o piso superior comunica com o inferior através de um túnel-escorrega (para adultos e crianças) e de um pilar escorrega como os tubos de descida nos quartéis dos bombeiros. A parte social da casa, concebida em forma de iglo, é totalmente enterrada, a uma profundidade entre 5m – 12m. Na sala, uma grande zona de estar mais enterrada (almofadada) tendo no centro um “recuperador de calor” e chaminé a subir no meio da sala com pé direito duplo. Os quartos são semi-enterrados, ficando a zona de duches enterrada a 5m. Toda a zona enterrada é coberta por uma lage que funciona como elemento de impermeabilização do solo, canalizando simultaneamente as águas pluviais para depósitos. Piviligiam-se as coberturas verdes, relva, hera, arbustos. A pala, talvez em estilo “brutalista”, fica aberta, permitindo a coacção do sol respeitando a sua inclinação. Nalgumas áreas não se recorre a telas ou isolamentos térmicos: a primeira lage superior da zona de estacionamento recolhe as águas das chuvas; alguns metros mais abaixo, em toda a periferia da zona enterrada e até uma profundidade muito acentuada, será feita a drenagem das águas das chuvas e dos diferentes níveis freáticos, o que permite ter uma terra não húmida. Aquecimento Dada a incorporação da habitação na terra, a grande massa das paredes permite um elevado quociente de inércia térmica.O aquecimento do sol coado através de palas respeitando as inclinações dos diferentes solstícios a par das pérgulas com trepadeiras e a colocação de árvores de folha caduca diante dos vãos a sul permitem um aquecimento natural. As paredes trombe bem calculadas e o cuidado no detalhamento e execução de vãos e caixilharias contribuem para a estabilidade da temperatura, que sofre variações térmicas insignificantes. A moradia é servida por um elevador movido a energia fotovoltaica, coadjuvado por uma escada toda escavada no terreno, tipo túnel de mineiro, que arranca da zona mais enterrada da casa e que, de um modo periférico, serve de escape - saída de emergência dos diferentes pisos, assumindo igualmente a função de chaminé de ventilação e de túnel para drenagem das aguas que se introduzam no terreno por capilaridade, uma vez que entre a escada e a periferia oposta à moradia serão colocados vários tipos de cascalho e drenos. Existe igualmente uma rampa de acesso exterior, semi-coberta. Os tubos de ventilação são colocados a uma distância de cerca de 5m na zona sul da casa: estes tubos, com a altura aproximada 1,70m, são enterrados até 4m de profundidade e entram na zona enterrada dos quartos, a norte. Um outro tubo (ou o mesmo) segue para uma chaminé (7m de altura) colocada na parte superior da encosta. Corredores muito amplos servem de espaços multi-usos: trabalho domiciliário, ginásio, lazer (rede de pendurar para descansar), brincar (jogar à bola sem receio de partir vidros porque são duplos e espessos); a ligação em curva da parede e do pavimento pode servir como rampas de skate ou patins. Propomos vários tipos de ângulos e que a monomassa do pavimento suba até a altura de 1m acima da curva nos locais onde não há móveis. As rampas que vencem os pisos na sala de estar estão também junto à parede e desenvolvem-se na linha do diâmetro da cúpula; para alem da inclinação um pouco mais acentuada que o definido na legislação, serão também curvas na zona da parede; as bases das rampas terão uma elevação contrária à descida de modo a contrariar o desnível. Nos tubos de ventilação que da chaminé passam pela zona de garagem e vão directos à sala, à cozinha e até aos quartos propomos uma porta, tipo alçapão do lixo por sucção, estes tubos permitem ser utilizados como escorregas, visto a inclinação ser muito suave não ligarem directamente com o tubo que faz a ventilação, localizado 4m mais abaixo do que a zona dos quartos. Sublinhamos que assim que um corpo humano ou animal entra no tubo (porque se constitui como uma onda de calor), se acende uma linha de luzes leds que se apaga automaticamente após a descida desse corpo. Em toda a casa só existem portas de correr; nalguns pontos, para compartimentar o espaço, optou-se por paredes “pivotantes” ou de recolha à parede. Numa concepção que pressupõe a total integração do mobiliário na arquitectura, os móveis são em madeira, embutidos e encastrados nas paredes sem tocar nos pavimentos, criando-se as paredes e o pavimento uma superfície côncava. O pavimento será uma monomassa lisa sem textura nem alhetas até aos móveis; por baixo destes existe uma linha de água (com ligação individualizada em cada compartimento) de elevada pressão que empurra o lixo até uma grelha colocada no meio da sala e munida uma bomba de sucção. Paralelamente, por baixo dos móveis, em todo o seu comprimento, e junto da parede, até uma altura de aproximadamente 20cm, existe uma linha de ar comprimido, que sairá a grande pressão, assumindo uma dupla função: secagem a pós a lavagem do pavimento e limpeza do pó. A grelha do pavimento (da mesma cor deste), para além da bomba de sucção da água, está equipada também com um potente aspirador, encastrado longitudinalmente por baixo desta. Este processo poderá ser usado em todas as compartimentações da casa com excepção das instalações sanitárias: aqui basta que o ralo de escoamento de águas, colocado no centro do pavimento, tenha a função de sucção de águas. Abastecimento de água Em Portugal chove em média 50 dias por ano e aproximadamente 600 litros por metros cubico. As famílias portuguesas gastam em media 15metros cubicos de água por mês. Fiéis ao princípio de rentabilizar ao máximo os recursos naturais existentes, privilegiamos o aproveitamento das águas pluviais cuja utilização apresenta inúmeras vantagens: a poupança e a autonomia quando ocorram falhas na rede pública; impede a incrustação de calcário nos equipamentos (esquentador, máquinas de lavar roupa e loiça); no banho é aconselhável para a pele e deixa o cabelo mais suave e macio. O projecto propõe o aproveitamento da água das chuvas através de dois tipos de cobertura e para dois depósitos distintos. O primeiro, colocado na cobertura da garagem; esta será toda coberta por painéis fotovoltaicos e terá uma superfície de 50m2; o depósito, com capacidade para1500 litros, é em plástico preto e localiza-se numa concavidade da encosta virada a sul, toda ela forrada de espelhos de modo a ampliar os efeitos dos raios solares; esta concavidade terá um alçapão electricamente isolante que encerra automaticamente assim que a intensidade solar diminui. O segundo depósito, com uma capacidade de 2000 litros, faz-se ao nível da grande lage de soleira superior ao nivel da garagem; as águas recolhidas destinam-se à rega automática do jardim bem como às lavagens de pavimentos, viaturas e outras. A recolha das águas é feita através de pendente passando primeiro por um crivo para separar os objectos estranhos (folhas e outros detritos). Depois o depósito que no primeiro caso (duches, banhos de imersão e lavagens de roupa e loiça) o próprio depósito que já existe no mercado funciona como “decantador” natural para as impurezas em suspensão e traz uma banda hidro pneumática para chegar aos depósitos secundários (caso dos depósitos dos duches dos quartos) ou ao utilizador (caso das torneiras da cozinha); ao abrir a torneira é seleccionado automaticamente o depósito com a temperatura mais próxima da escolhida por o utilizador. De salientar que ambos os depósitos serão ligados à rede de águas externas através de um sistema de boiador eléctrico de modo a garantir reservas permanentes. MATERIAIS EMPREGUES O vidro, painéis fotovoltaicos, a pedra da região agrafada e o betão e as telas ou pinturas impermeabilizantes nas coberturas ajardinadas. Os muros de sustentação de terras são em aparelho ciclópico, em pedra da região, tendo como elemento consolidador a Junça (Cyperus rotundus), à semelhança de quanto utilizado nos antigos açudes de estações de moagem. A Hera (Hedera helix), cobrindo pérgulas e muros de pedra aparelhada, serve simultaneamente como elemento decorativo e como elemento de sombreamento. De salientar que entre os painéis fotovoltaicos ou o vidro “agrafado” e as vistas haverá sempre arbustos que não seguem nem perturbem a visão. Os reflexos provenientes destes painéis, dado estes estarem expostos a sul e em zonas ou superiores ou muito baixas, são encobertos pelos muros de suporte em pedra ou por manto verde os seus, não causando qualquer perturbação
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